O orkut mudou - depois da coletiva !!
Vejam galera !! O orkut mudou
Como vimos no ótimo artigo do Ricardo Pereira, “Brasil empresta dinheiro ao FMI e derruba Taxa Selic”, em sua última reunião o COPOM decidiu reduzir a taxa básica de juros em um ponto percentual, para 9,25% a.a. É a primeira vez que a taxa SELIC atinge um dígito e por aí deve permanecer por algum tempo. O país parte para uma nova era de rentabilidades menores e mais aderentes às taxas praticadas por outras economias.
É o começo de uma jornada que engloba reduzir o spread bancário e a rentabilidade de todos os investimentos financeiros. Entretanto, um investimento clássico e seguro, que é a caderneta de poupança, desponta nesse cenário como um problema para o governo.
Com sua rentabilidade garantida de TR + 6% a.a. e livre de taxa de administração e imposto de renda, ela passa a ser mais atrativa que grande parte dos fundos de investimento, principalmente em relação aos de curto prazo, que são tributados em até 22,5%, conforme a tabela regressiva de imposto de renda.
Com isso, grande parte dos investimentos pode migrar para a poupança, podendo causar escassez de recursos para as linhas de crédito que são lastreadas nos outros investimentos. O que deve ser feito é consenso entre especialistas. A poupança deveria sofrer uma alteração em sua rentabilidade para proporcionar um retorno mais adequado ao seu risco e simplicidade.
No entanto, por motivos políticos o governo decidiu “resolver” o problema tributando a poupança em investimentos acima de R$ 50.000,00, evitando que grandes somas migrem de investimento e preservando também a rentabilidade do pequeno investidor. Mas a estratégia afeta um dos pilares do desenvolvimento econômico, que é o crédito imobiliário.
O dinheiro para o financiamento de imóveis pelo SFH é proveniente dos investimentos em caderneta de poupança. Ao manter a rentabilidade da poupança preservada, o governo não permite que o movimento de queda das taxas afete também os juros do crédito imobiliário, impedindo que uma queda nos preços dessas linhas impulsione esse setor.
Ou seja, cedo ou tarde (ou melhor, após as eleições), a poupança terá que render menos. Tomara que não demore. O crescimento do país agradece!
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Como o assunto é bastante amplo, pretendo, neste artigo, abordar uma introdução ao tema. A análise técnica, também conhecida como análise gráfica, faz uso de gráficos, indicadores e osciladores para determinar o melhor momento de compra e venda de um papel. Charles H. Dow, considerado o fundador da Escola Técnica, afirma que:
“O que aconteceu ontem pode determinar o que acontecerá hoje e a configuração gráfica dos preços tende a se relacionar com a direção que eles tomarão no futuro”
Como pensa o Analista Técnico?
A Análise Técnica parte da premissa de que os padrões do passado voltam a se repetir no futuro. O analista técnico acredita que todas as informações pertinentes a uma ação estão representadas no seu gráfico. Ele não acredita em notícias, boatos ou na divulgação de balanços das empresas. O Grafista, como também é conhecido, mantém-se completamente isolado de qualquer notícia relacionada à bolsa de valores.
Ele acredita que muitas pessoas já tiveram acesso às notícias antes delas terem sido divulgadas. Assim, é comum dizer que a ação já “precificou” tal fato antes dele ser divulgado. Apenas os amadores irão negociar depois da divulgação oficial da informação. Agora vamos abordar alguns dos fundamentos básicos da Análise Técnica. Abordaremos as ferramentas utilizadas pelos analistas gráficos na hora de criarem sua estratégia de negociação.
Gráficos Candlesticks
Esse tipo de gráfico é muito útil e permite uma fácil vizualização de tudo que aconteceu durante o pregão. Através dele é possível ver o preço de fechamento/abertura e os valores de maxima/mínima que o papel atingiu no período. O nome, “Candlesticks”, significa candelabro em inglês e é dado a esse tipo de gráfico pelo seu formato. A figura abaixo mostra dois Candles: um de alta (branco) e um de queda (preto).
Suportes e Resistências
Suporte é um ponto nos preços de uma ação onde a demanda começa a subir, enquanto a oferta diminui, fazendo com que os preços subam em seguida. Resistência é um ponto nos preços de uma ação onde a oferta pelas ações aumenta, enquanto a demanda diminui. A força vendedora começa a fazer com que os preços caiam.
Esses pontos existem pois os investidores se lembram de quando uma ação caiu até certo preço e logo depois subiu. Do mesmo modo, eles lembram que quando uma ação atingiu um valor específico, ela caiu em seguida. Vale notar que depois que uma resistência é rompida ela vira suporte e vice-e-versa.
As formações gráficas são padrões identificáveis nos gráficos. Elas podem indicar a continuação ou reversão do movimento. Estamos mais interessados nos padrões de reversão, pois os mesmos são mais fortes e mais interessantes. Alguns dos padrões mais comuns são: Ombro-Cabeça-Ombro, Ombro-Cabeça-Ombro (Invertido), Topo Duplo, Fundo Duplo e os triângulos ascendente e descendentes.
Padrões de reversão indicam o fim da tendência vigente. Ou seja, se o padrão for confirmado, o mercado vira de alta para baixa ou de baixa para alta.
Indicadores e as Médias Móveis
Indicadores e médias móveis são outras ferramentas muito utilizadas pelos analistas técnicos. As médias móveis representam a média de preço dos últimos N períodos do gráfico. Quanto menor o período da média utilizada, mais rápido ela responde às mudanças. Os analistas costumam configurar as médias móveis dependendo do tempo em que gostam de negociar. Para negociações com horizonte mais longo, médias maiores, e vice-e-versa.
Algumas estratégias utilizam diversas médias móveis e levam em consideração o cruzamento entre elas. As médias também servem para auxiliar na detecção da direção do mercado. Se as médias apontam para cima, indicam que estamos em tendência de alta. Portanto, se apontam para baixo, indicam tendência de baixa.
Existem centenas de indicadores diferentes. Alguns exemplos são: IFR (Índice de Força Relativa) e OBV (On Balance Volume). Cada indicador tem seu uso e sua fórmula. Não é necessário saber a fórmula de cada um deles, pois a maioria dos softwares utilizados já possui esses indicadores prontos para uso. Cada um deles possui suas particularidades e suas falhas. Alguns deles funcionam melhor quando o mercado está em tendência de alta, outros quando o mercado encontra-se de lado e outros quando o mercado está em tendência de baixa.
Considerações Finais
Apesar dos diversos tipos de ferramentas disponíveis, o mais recomendado é criar uma estratégia que utilize o mínimo desses recursos. Se você utilizar muitas ferramentas ao mesmo tempo, elas irão, eventualmente, se contradizer, fazendo com que você fique literalmente perdido, sem saber o que fazer. O mais importante é criar uma estratégia e segui-la, tentando excluir todo o tipo de sentimento do mercado. A Bolsa não é cassino.
Espero ter feito uma boa introdução sobre o assunto e despertado o interesse pela análise técnica em vocês. Gostaria de convidá-los para participar da promoção de aniversário que estou organizando em meu blog Investidor Iniciante. São prêmios muito interessantes para quem deseja aprender e se aprofundar no assunto. Acesse o artigo do promoção, leia o regulamento e participe!
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André Santos, criador do blog Investidor Iniciante, cursa Ciência da Computação desde 2008. Desde o ano passado investe na Bolsa de Valores, utilizando a análise técnica para determinar as melhores oportunidades de compra e venda de ações. Mantém-se atualizado sobre o mercado lendo livros, artigos e participando de cursos sobre o assunto.
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